ainda que cansada, ela era feliz. feliz porque amava. diante do amor ja nao sabia como viver. amava tanto que sofria e cansava. mas apesar do sofrimento, havia dentro de si uma alegria a ponto de explodir.
tanta alegria que as vezes ela mesma se negava a ser feliz. mas em sua negaçao engolia o choro. nao se deixava mostrar nem a alegria nem o sofrimento, como se para mostrar que sabia viver, nao pudesse expressar sentimentos.
loucura. nao sabia viver pq amava. sofria e era feliz. nao expressava sentimentos para mostrar aos outros que sabia viver, fingindo uma vida que ela nao sabia que tinha.
e o amor? ela tinha medo dele. medo do que aquele amor representava e significava em sua vida.
tinha medo de ser egoista. tinha medo de nao ser suficiente. tinha medo de fazer sofrer a quem amava.
e saber que aquele que era o objeto de seu amor dependia dela a desesperava.
ela amava e nao tinha pra onde fugir.
e por isso era feliz, mas sofria.
e por isso vivia e ignorava sua propria vida.
se apagava. se isolava.
pq ela tinha medo do medo.
e assim se descobriu mãe.
23/04/2010 - 14hrs
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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